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domingo, 1 de janeiro de 2012

História Planet Hamp

A banda surgiu num encontro entre Marcelo D2 e Skunk, pelas ruas do Rio de Janeiro, no bairro do Catete. D2 usava uma camisa de uma banda de hardcore e Skunk, artesão e vendedor de camisetas de rock, deu início a um diálogo que daí nasceu a amizade e vocação. Skunk falava de música todo o tempo e nesse momento D2 resolveu que queria ser músico. Originalmente, a banda era para ser de rock, mas nenhum deles sabia tocar qualquer instrumento,por isso optaram pelo rap.
O nome da banda foi tirado da revista americana High Times, especializada em cannabicultura, ou seja sobre o cultivo de maconha, eHemp que, na língua inglesa, significa cânhamo. Esta estratégia de colocar o nome na língua inglesa não foi muito bem-sucedida, pois poucos anos mais tarde o grupo inteiro foi preso por apologia às drogas. Porém eles não ficaram limitados musicalmente ao Rap, logo vieram se juntar a Marcelo D2 e Skunk, Rafael CrespoBacalhau e Formigão, trazendo para o Planet Hemp guitarrabateria e baixo, fazendo com que as letras de rap de Marcelo D2 e Skunk recebessem um ritmo totalmente novo e original, batizado pela banda por "Raprocknrollpsicodeliahardcoreragga" devido a enorme mescla entre a psicodelia das guitarras, o rap dos vocais e as outras diversas influências musicais da banda.
Registraram somente uma única fita demo e seguiram o circuito alternativo em apresentações no Rio de JaneiroSão PauloBelo HorizonteCuritiba e em festivais como o Juntatribo(Campinas) e Superdemo. A morte de Skunk, em decorrência da AIDS em 1994, quase decretou o fim do grupo. Mas BNegão, que era presente em todos os concertos, assumiu o outro vocal.[3] A banda conseguiu um contrato com a Sony Music (Superdemo / Chaos) de Elza Cohen e gravaram três álbuns: Usuário (1995), Os Cães Ladram mas a Caravana não Pára(1997) e A Invasão do Sagaz Homem Fumaça (2000).
Lançado em março de 1995, o disco Usuário contava com hits como "Legalize Já" que se transformou em hit, apesar do videoclipe ter sofrido censuras. Mas o grupo não chamou atenção somente pelas letras que falam de maconha e legalização. As 17 faixas não se restringem à legalização apenas. O álbum tem na sonoridade uma fusão bombástica entre vários genêros , extraido da guitarra de Rafael Crespo, do baixo de Formigão, da bateria de Bacalhau e de participantes igualmente inovadores - como o DJ Zé Gonzales ou o vocalistaBlack Alien. O grupo mostrava-se completamente antenado com as novas tendências norte-americanas do rock, onde buscavam influências da cultura negra como meio de renovação. Deste período, surgiram nomes consagrados internacionalmente como o Rage Against the Machine.
Cento e cinquenta mil cópias depois, e com concertos agendados por todo Brasil, o Planet Hemp entraram em estúdio em 1996 para gravar seu segundo disco, que levaria o profético título “Os Cães Ladram, Mas a Caravana não Pára”. Profético porque, com o sucesso da banda, grupos mais conservadores de algumas regiões começaram a movimentar-se para impedir concertos, afixação de cartazes ou até mesmo aparições dos Planet Hemp em suas cidades. Cada vez mais conhecidos e reconhecidos como um grupo à frente do que estava a ser feito em seu próprio país, a tensão foi aumentando e culminou com a prisão dos membros durante um concerto em Brasília (capital federal), por suposta apologia às drogas.
O tiro saiu pela culatra. Com a prisão, vários setores a favor do movimento pró-despenalização ou descriminalização dos consumidores de drogas leves - como políticos, ONG’s, artistas e comunicação social -, levantaram-se contra aquela arbitrariedade. O Planet Hemp, além de fãs, músicas nas rádios e com discos a esgotarem nas lojas, ganhariam espaço nos telejornais. Após um “habbeas corpus”, e um longo processo vencido, a “caravana” seguiu, tornando-se numa das bandas mais famosas e solicitadas do mercado.
O disco "Os Cães Ladram, Mas a Caravana não Pára", CD gravado no final de 1996, mixado nos Estados Unidos, trouxe outra qualidade à já consagrada banda, obtendo Disco de Platina. O vocalista BNegão saiu fora, sendo substituído por Gustavo Black -- mas não deixou de emprestar sua voz para o novo disco, em faixas com "Hip Hop Rio" e "100% Hardcore". Zé Gonzales nas picapes, Apollo 9 nos teclados completaram a formação básica do álbum. "Os Cães Ladram, Mas a Caravana não Pára" é hardcore com influência de jazzbossa-novae até samba. Destaque para a faixa "Queimando Tudo", uma crítica bem humorada á perseguição que os caras sofreram em várias cidades brasileiras, por falarem sobre a legalização da maconha.
Em 1997 a banda foi novamente presa após um show, por apologia às drogas, na maioria dos seus shows, a eventual intervenção da polícia provocava brigas e confusões.
Planet Hemp já tocou com Black Alien & SpeedBeastie BoysCypress Hill e lotou o Metropolitan (atual Citibank Hall) em um concerto conjunto com os Raimundos, com público de mais de 6 mil pessoas.[3][4]
Com a notoriedade, Marcelo D2 precisou de um tempo para recompor suas ideias e resolveu apostar num trabalho solo antes de avançar para o terceiro disco do Planet Hemp. Em1998; rumou para os EUA para gravar o aclamado “Eu Tiro é Onda”, um trabalho ousado de fusão entre o samba carioca e o hip hop dos guetos americanos. Produzido pelo norte-americano Mario Caldato Jr. – o mesmo dos lendários Beastie Boys -, Marcelo D2 alcançou com este trabalho, também, o reconhecimento artístico de um compositor visionário que interpreta as influências da música estrangeira sob a óptica de um rapaz dos subúrbios do Rio de Janeiro e que cresceu a ouvir Cartola, João Nogueira, Bezerra da Silva e escolas de samba, antes de tocar o primeiro disco de punk rock ou rap.
Muita gente pensou que, com a carreira-solo de D2, o Planet acabaria. Felizmente, isso não rolou. Em 2000 o Planet Hemp conclui seu mais novo trabalho, "A Invasão do Sagaz Homem Fumaça", e "Ex-Quadrilha da Fumaça" começa a ser executada em várias rádios.
A última formação contou com Marcelo D2 (vocal), BNegão (vocal), Formigão (baixo), Rafael (guitarra), Pedrinho (bateria), Zé Gonzales (DJ) e Apolo 9 (teclados). São presença nas rádios de rock, e tiveram duas indicações no Video Music Brasil 1996, onde inclusive fizeram um show, junto com O Rappa.
Sucesso, fama, reconhecimento, concertos no Brasil e em países como os EUA, CanadáJapãoHolanda e Portugal. Em homenagem à primeira década de existência do grupo, que ainda tinha energia pra gastar , a MTV brasil produziu o MTV Ao Vivo: Planet Hemp, de 2001, que foi lançado em CD e DVD , e foi transmitido no mesmo canal. No mesmo ano, a banda terminou por conta de brigas entre os membros da banda, além da preferência dada por Marcelo D2 à sua carreira solo.
Em Julho de 2003, a boa notícia: o público português poderia rever ou conhecer a banda mais polémica do Brasil, no primeiro dia do festival Vilar de Mouros 2003. Com o sol ainda no cimo, o Planet Hemp fizeram um dos melhores concertos do evento, rivalizando com bandas de calibre internacional de igual para igual. Meios de comunicação como o jornal “O Público”, o musical “Blitz” e os canais “SIC Radical” e “Sol Música”, foram generosos nos elogios e classificaram aquele como “um dos concertos mais empolgantes do Verão”.
A banda voltou a se reunir no palco do Armazém 2, no Píer Mauá na cidade do Rio de Janeiro, no dia 20 de outubro de 2010 em uma festa organizada pela MTV Brasil em comemoração aos 20 anos da emissora no Brasil. O "pocket-show" teve a apresentação das músicas "Dig Dig Dig", "Legalize Já", "Stab", "Mantenha o Respeito", "Queimando Tudo" e "Seus Amigos". Apesar da aclamação do público no local ou via TwitterMarcelo D2 escreveu no seu microblog que não há planos de uma reunião da banda para uma "mini-turnê", que esta apresentação foi como "tocar em um aniversário de um amigo sem babaquice ou pressão…".Planet Hemp - Discografia Completa - Download

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